O mundo entra-nos pelos olhos, ouvidos e muitos outros sentidos dentro. Contudo, é preciso fazer, hoje mais do que nunca, uma triagem de conteúdos.
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Henri Wallon

Seabra-Dinis, num prefácio ao livro "Do acto ao pensamento", considerava Henri Wallon o maior expoente da psicologia científica do século XX. Do que conheço, só Vigotsky se aproxima.
Com os livros de Wallon aprendi imenso, num esforço consumidor de muito tempo mas que nunca dei por perdido. Os livros de Wallon não são fáceis de ler. A sua profundidade é muito grande pois não faz a menor concessão à facilidade: se a realidade de que fala, - a evolução psicológica das crianças e o entrelaçamento dos factores de que ela é feita - é complexa, complexa é também a descrição e explicação que ele dá dela, as teorias que apresenta.
Por outro lado a sua formação filosófica e biológica, ele que foi doutor em filosofia e medicina, faz com que nos seus livros apareçam muitos conceitos que, para serem bem apreendidos, requerem um trabalho concomitante do leitor, remetendo-o para uma formação de base nos fundamentos dessas disciplinas. Eu fiz esse percurso autodidaticamente e não me arrependo.
Hoje apresento talvez os seus dois livros mais profundos e ambiciosos de Wallon: "Do acto ao pensamento", já citado anteriormente e "As origens do pensamento na criança". Vou relê-los mais uma vez e sei que sairei dessa releitura mais sabedor.
É algo que sinto como necessário para retirar a espuma cinzenta que se acumula nos dias que atravessamos.


1 comentário:

  1. Henrique, infelizmente há muitos professores que não se preocupam em ler/estudar, ainda menos autores como Wallon que, como dizes, não é leitura muito fácil.

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