O mundo entra-nos pelos olhos, ouvidos e muitos outros sentidos dentro. Contudo, é preciso fazer, hoje mais do que nunca, uma triagem de conteúdos.
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terça-feira, 19 de junho de 2012

Radicais: do uso indevido das palavras.

Aprendi, salvo erro com Paulo Freire, que ser radical é ir à raiz das coisas. Ora, na nossa sociedade os sinónimos mais utilizados para esta palavra são os de extremismo e de gente que força as coisas até onde não é próprio fazê-lo.
Penso que essa interpretação é altamente indevida.
Por outro lado chamam-se radicais a gente que de radical, no sentido de ir à raíz das coisas tem pouco. É o caso do partido Syriza, da dita esquerda radical grega. Então não é que os ditos radicais já escreveram ao Durão, à Merkel e ao Obama a dizer que serão responsáveis se forem para o governo.
Com radicais destes estamos conversados. Aliás, conhecendo-os melhor e à sua origem política vê-se como navegam nas águas da social democracia/socialismo europeu, que há décadas se rendeu também ao neoliberalismo e não passam de uma versão doce dos gestores do capitalismo moderno.
No entanto tiveram um sucesso eleitoral na Grécia ficando atrás da direita assumida da ND. Eram confiáveis para os donos da europa e do mundo e o poder mediático andou com eles nas palminhas.
Coitado do povo grego que vai continuar a sofrer.

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